18/11/2024

Probióticos e Prebióticos: Qual a diferença e quando usar cada um?

A saúde intestinal é cada vez mais reconhecida como essencial para a saúde e o bem-estar geral.

Termos como probióticos e prebióticos têm se tornado comuns na área de saúde, mas muitos ainda têm dúvidas sobre o que são, para que servem e como podem contribuir para o equilíbrio da microbiota intestinal.

Aqui vamos esclarecer a diferença entre eles, além de entender melhor para que serve o probiótico e quando é indicado o uso de prebióticos.

O que são probióticos?

Os probióticos são microorganismos vivos, como bactérias e leveduras, que, quando consumidos em quantidades adequadas, podem trazer benefícios à saúde, especialmente para o sistema digestivo.

Eles ajudam a repor e equilibrar a flora intestinal, auxiliando na digestão, na absorção de nutrientes e no fortalecimento do sistema imunológico.

Probiótico: Para que serve?

A pergunta “probiótico para que serve” é uma das mais comuns entre os pacientes, atualmente. Os probióticos têm várias funções importantes para o organismo:

Equilíbrio da microbiota intestinal

O intestino possui trilhões de bactérias boas e “ruins”, todas essenciais para a saúde. Especialmente em casos de disbiose, quando há prevalência de bactérias ruins, probióticos ajudam a recuperar e manter o equilíbrio, aumentando a quantidade de bactérias boas.

Melhora da digestão e absorção de nutrientes

Ao facilitar a digestão e aumentar a biodisponibilidade de nutrientes, probióticos podem melhorar a absorção de vitaminas e minerais, contribuindo com o aumento de energia e melhora de diversas funções do organismo. 

Fortalecimento do sistema imunológico

Nosso intestino está diretamente ligado ao sistema imune e uma microbiota equilibrada influencia positivamente a resposta imunológica, reduzindo o risco de infecções intestinais e até respiratórias, bem como ajuda a reduzir a inflamação crônica, que pode estar por trás de inúmeras doenças.

Saúde mental e bem-estar emocional

Há estudos que relacionam o uso de probióticos a melhorias em sintomas de ansiedade e depressão, através do chamado “eixo intestino-cérebro.”

Quando usar probióticos?

O uso de probióticos pode ser indicado em diversas situações:

  • Após uso prolongado de antibióticos: Antibióticos podem ser necessários em caso de infecções bacterianas, mas também podem reduzir as bactérias benéficas do intestino. Probióticos ajudam a reequilibrar essa microbiota.
  • Quadros de intolerância, alergias e síndromes digestivas: Em casos de intolerâncias alimentares, alergias respiratórias e de pele, ou síndromes, como a síndrome do intestino irritável, probióticos podem ajudar a melhorar o trânsito intestinal, reduzir sintomas como dor e inchaço e combater a disbiose.
  • Prevenção de infecções urinárias e vaginais: A disbiose intestinal também está relacionada a maior ocorrência de infecções urinárias e candidíase, por exemplo. O uso de probióticos específicos pode auxiliar na prevenção desses casos.

O que são prebióticos?

Os prebióticos são compostos alimentares que não são facilmente digeridos pelo organismo humano, mas que servem como “alimento” para as bactérias boas presentes no intestino. Eles são fibras alimentares que ajudam a estimular o crescimento e a atividade de bactérias benéficas.

Prebióticos: Para que servem?

Prebióticos são fundamentais para manter as bactérias benéficas vivas e saudáveis. Em resumo, servem para:

Estimular o crescimento de bactérias benéficas

Ao “alimentar” as bactérias boas, prebióticos garantem que elas possam prosperar e colonizar o intestino de forma saudável.

Regular o trânsito intestinal

Por serem fibras, os prebióticos ajudam a regular o intestino, sendo eficazes no combate a questões intestinais, como constipação.

Promover o bem-estar geral

Assim como os probióticos, prebióticos impactam positivamente o sistema imunológico e até a saúde mental.

Quando usar prebióticos?

Prebióticos podem ser usados na alimentação diária como forma de manter a saúde intestinal. No entanto, sua ingestão é especialmente indicada em:

  • Dietas pobres em fibras: Em dietas com baixo consumo de fibras, suplementar com prebióticos pode ajudar a estimular o trânsito intestinal e promover o crescimento de bactérias benéficas.
  • Prevenção de doenças intestinais: Prebióticos são recomendados como parte de uma alimentação preventiva para reduzir riscos de doenças intestinais e crônicas e auxiliar em uma microbiota mais saudável.

Como associar probióticos e prebióticos para melhorar a saúde?

Para garantir um bom efeito, é recomendado associar probióticos e prebióticos, seja por meio de uma alimentação balanceada ou da suplementação orientada por um profissional de saúde. Essa combinação é chamada de simbiótica e potencializa o efeito benéfico de ambos, ajudando a microbiota intestinal a se equilibrar e prosperar.

Alguns alimentos probióticos são kefir, kombucha, chucrute, picles e tofu. E os prebióticos são frutas, como maçã e banana, alho e cebola, vegetais como aspargo e chicória, cereais como aveia e psyllium, leguminosas como feijão e lentilha, e sementes como linhaça e chia.

Para aproveitar os benefícios, é ideal inserir esses alimentos na dieta de forma equilibrada, fazendo também a exclusão de produtos alimentícios industrializados e açúcares, que contribuem para a perda do equilíbrio da microbiota.

Entretanto, para fazer essas mudanças de maneira segura e também verificar a necessidade de suplementação de probióticos e/ou prebióticos, tanto para fins preventivos como terapêuticos, você deve sempre buscar orientação de um médico e de um nutricionista de sua confiança. 

Cuide do seu intestino e da sua saúde!

Para quem pergunta “probiotico para que serve“, a resposta abrange desde o fortalecimento do sistema imunológico até a melhora da saúde mental e digestiva, contribuindo para o bem-estar geral e ainda, para uma série de problemas de saúde que estão relacionados à disbiose e à hiperpermeabilidade intestinal.

A combinação com prebióticos, por sua vez, ajuda a manter o ambiente ideal para a proliferação de bactérias benéficas.

Lembre-se de que o uso de ambos deve ser personalizado e orientado por um profissional de saúde, que vai avaliar a necessidade de suplementação e as melhores opções para cada caso.

Espero ter esclarecido um pouco mais o assunto!

Abraços,

Clarisse Rachid

MÉDICA | CRM SP 199403

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